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A Gripe

A gripe é uma doença respiratória aguda provocada pelo vírus influenza.

Transmite-se facilmente de pessoa para pessoa, sobretudo através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O contacto com superfícies contaminadas, seguido de toque no rosto, também pode transmitir o vírus.

Embora a maioria das pessoas recupere sem complicações, a gripe pode ser grave em grupos de risco, como em idosos, grávidas, doentes crónicos (incluindo doenças respiratórias, cardiovasculares e metabólicas, como a diabetes) e pessoas imunodeprimidas, por exemplo com cancro.

Este inverno, a coexistência de outros vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2 (Covid), aumenta a necessidade de um maior foco na prevenção.

O que sente um doente com gripe?

Os sintomas da gripe surgem de forma súbita e incluem uma febre alta (geralmente >38ºC), tosse seca, dores musculares, cansaço extremo, dor de cabeça, corrimento nasal ou nariz entupido, e dor de garganta. Em crianças, podem ocorrer vómitos ou diarreia.

A maioria dos doentes recupera em cerca de uma semana, mas em pessoas vulneráveis, a gripe pode levar a complicações graves, como pneumonia, insuficiência respiratória ou descompensação de doenças crónicas, incluindo exacerbações de asma ou DPOC.

Como prevenir a Gripe?

A vacinação anual contra a gripe é a medida mais eficaz de prevenção. Este ano, a vacina inclui as estirpes mais prováveis de circular e está disponível gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde para pessoas com mais de 65 anos, grávidas, doentes crónicos, residentes em lares, profissionais de saúde e cuidadores.

Em 2024-2025, a campanha foi alargada a pessoas entre os 50 e 59 anos, reforçando a importância da imunização para proteger não só os indivíduos vacinados, mas também as comunidades. É importante esclarecer um dos mitos mais frequentes: a vacina da gripe não provoca gripe, pois contém vírus inativados ou fragmentos do vírus.

Além da vacinação, as medidas de higiene desempenham um papel fundamental na prevenção da transmissão. Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, evitar tocar no rosto, utilizar máscara em locais fechados ou com grandes aglomerações, e ventilar os espaços são práticas eficazes. Ao tossir ou espirrar, deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável ou com o braço.

E se for necessário tratamento?

O tratamento da gripe é geralmente sintomático e inclui o uso de antipiréticos, como o paracetamol, para controlar a febre, e analgésicos para aliviar dores musculares. É essencial manter uma boa hidratação e descansar.

Em casos mais graves ou em grupos de risco, os médicos podem prescrever antivirais (como o oseltamivir), que devem ser iniciados nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas, para reduzir a gravidade e a duração da doença.

O impacto da Gripe na Saúde Respiratória

A gripe pode ter um impacto significativo nas pessoas com doenças respiratórias crónicas, como a DPOC, a Asma ou a fibrose pulmonar, levando a exacerbações potencialmente graves. Para estas pessoas, é muito importante procurar assistência médica se os sintomas agravarem ou se surgirem sinais de alerta, como dificuldade respiratória, dor no peito, cianose ou febre persistente.

Neste inverno de 2024-2025, a convivência com outros vírus respiratórios pode aumentar a procura por cuidados de saúde. Assim, a vacinação, o cumprimento das medidas preventivas e o reconhecimento precoce dos sinais de agravamento são fundamentais. A gripe não é uma simples constipação, e proteger-se contribui para reduzir a propagação do vírus e aliviar a pressão sobre os serviços de saúde.

Vacine-se, siga as recomendações de saúde pública e proteja a sua saúde e a de quem o rodeia.